quarta-feira, 12 de abril de 2017

A desmoralização dos pitbulls da grande mídia

Alberto Cantalice 
Foto: Arquivo PT

Três vezes derrotados nos pleitos presidenciais, por Lula e Dilma e o PT, os setores elitistas albergados na grande mídia, ao se verem na iminência do quarto revés eleitoral, foram ao desespero.
Diuturnamente lançam vitupérios, achincalhes e deboches contra os avanços do país visando desgastar o governo federal e a imagem do Brasil no exterior. Inimigos que são das políticas sociais, políticas essas que visam efetivamente uma maior integração entre todos os brasileiros, pregam seu fim.
“A hora é de renovar as esperanças e acreditar no Brasil”.
Profetas do apocalipse político, eles são contra as cotas sociais e raciais; as reservas de vagas para negros nos serviços públicos; as demarcações de terras indígenas; o Bolsa Família, o Prouni e tudo o mais.
Divulgadores de uma democracia sem povo apontaram suas armas, agora, contra o decreto da Presidência da República que amplia a interlocução e a participação da população nos conselhos, para melhor direcionamento das políticas públicas.
Personificados em Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Lobão, Gentili, Marcelo Madureira entre outros menos votados, suas pregações nas páginas dos veículos conservadores estimulam setores reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes. Seus paroxismos odientos revelaram-se com maior clarividência na Copa do Mundo.
Os arautos do caos, prevendo e militando insistentemente pelo fracasso do mundial – tendo, inclusive, como ponta de lança a revista Veja previsto que os estádios só ficariam prontos depois de 2022, assistem hoje desolados e bufando à extraordinária mobilização popular e ao entusiasmo do povo brasileiro pela realização da denominada, acertadamente, de a Copa das Copas.
O subproduto dos pitbulls do conservadorismo teve seu ápice nos xingamentos torpes e vergonhosos à presidenta Dilma na abertura da Copa, na Arena Corinthians. Verdadeiro gol contra, o repúdio imediato de amplas parcelas dos brasileiros e brasileiras ao deprimente espetáculo dos vips demonstra que a imensa maioria da população abomina essa prática.
Desnudam-se os propagadores do ódio. A hora é de renovar as esperanças e acreditar no Brasil!


Alberto Cantalice é vice-presidente nacional do PT e coordenador das Redes Sociais do partido

O Partido dos Trabalhadores na Televisão

domingo, 19 de março de 2017

Dilma e Lula fizeram o sertão virar mar e foram recebidos por um mar vermelho no sertão

  
 Depois de Michel Temer negar a verdadeira autoria da obra da transposição do Rio São Francisco e gastar milhões em propagandas para se firmar como o grande protagonista do feito que acaba com a falta de água e dignidade no agreste, Dilma, Lula, o senador Humberto Costa, o governador Ricardo Coutinho, entre outros políticos e personalidades foram recebidos por uma multidão, numa verdadeira "inauguração popular da transposição do Rio São Francisco", como ficou conhecida, que gritava os seus nomes sem parar. 
 A festa, que ocorreu em Monteiro, cidade do interior da Paraíba, foi bonita de se ver, com direito a selfies, carreatas, discursos cheios de emoção e banhos refrescantes a céu aberto. A transposição não mudará só a história do nordeste, mas também de todo o Brasil, confira o vídeo completo.

                               





 POR: Eros

Lula de volta a transposição do Rio São Francisco

segunda-feira, 13 de março de 2017

Em cerimônia com Temer, Governador da Paraíba destaca papel de Lula e Dilma

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PT)

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, destacou o papel dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff na realização da obra da transposição do rio São Francisco em cerimônia nesta sexta-feira 10, que teve a participação de Michel Temer.
Temer foi ao Estado para inaugurar a chegada das águas através do Eixo Leste do projeto. Ele foi recebido com protestos de ‘Fora, Temer’ no local.
Segundo Coutinho, do PSB, partido que integra a base do governo Temer no Congresso, Dilma pagou 70% das obras. Ele também lembrou que a transposição começou a sair do papel por iniciativa do governo Lula e foi ovacionado pelo público.
“Essa obra é o mais duro golpe no coronelismo do semiárido”, disse o governador, para quem a transposição, que já leva água a pelo menos 33 mil paraibanos, “é para matar sede de quem tem sede, proteger os pequenos rebanhos e acabar com o colapso”.

Via: Brasil 247

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PT) 
e a Presidenta Dilma Rousseff

domingo, 12 de março de 2017

Senador do PMDB aliado de Temer, surpreende e diz que Transposição só aconteceu graças à Lula;

Raimundo Lira (PMDB) e os R$ 870 mil não declarados a campanha

O Senador Raimundo Lira (PMDB) e os R$ 870 
mil não declarados a campanha
Vinícius Segalla
Do UOL, 
em São Paulo 02/05/201611h50 > Atualizada 02/05/201611h50
  • O senador Raimundo Lira (PMDB-PB), presidente da comissão de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), doou à chapa onde era suplente para o Senado, em 2010, o valor de R$ 870 mil, utilizando recursos que ele não havia incluído em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral, feita no ano anterior. De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a doação foi feita em 12 depósitos em espécie (com dinheiro vivo).
Já o senador alega que houve um erro de informação e que os depósitos foram feitos por meio de depósitos de cheques na boca do caixa, que foram erroneamente computados pela contabilidade de campanha como "doação em espécie". No último dia 26, o senador chegou a apresentar à reportagem cópias de cheques que teriam sido utilizados por ele para efetivar a doação, embora não tenha permitido ao UOL fotografar ou copiar os documentos. 
  • De qualquer forma, na declaração de bens que o senador apresentou à Justiça Eleitoral em 2010, para fazer parte como suplente da chapa do então candidato Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB), ele declarou um patrimônio de R$ 54,3 milhões, o que o colocou na lista dos 30 candidatos mais ricos daquela eleição. Este montante incluía imóveis, automóveis, barcos, um jatinho e ações de empresas de capital aberto, mas nenhum real em dinheiro vivo ou depositado em conta bancária.
Em entrevista ao UOL, Lira admite que não declarou à Justiça o dinheiro que tinha em casa e no banco e que foi esse capital em espécie que utilizou para financiar a própria campanha.
  • Com os R$ 870 mil que doou à chapa encabeçada por Rêgo Filho, ele acabou por se tornar o suplente que mais doou para a própria campanha em 2010, tendo sido responsável por 28,9% dos recursos totais declarados por sua chapa eleitoral. Além desse valor, um filho, a mulher e mais três parentes de Lira doaram para Rêgo Filho. Assim, a família Lira é responsável por cerca de 40% do dinheiro utilizado na campanha do atual presidente da comissão de impeachment.
Raimundo Lira afirma que não declarou os valores que detinha em dinheiro porque não tinha a obrigação de fazê-lo. "A Lei Eleitoral deixa a critério do candidato apresentar, na declaração, os recursos financeiros depositados em conta bancária. É prevista esta possibilidade por questão de segurança", afirmou Lira, em entrevista ao UOL. Segundo ele, o candidato poderia correr risco de assalto "se [ladrões] ficassem sabendo quanto dinheiro o cidadão guarda em casa ou no banco". 
  • Sua afirmação não encontra unanimidade nos meios jurídicos. A reportagem questionou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre o assunto, que afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa: "Não há nenhuma lei que faculte aos candidatos deixar parte de seus bens de fora da lista apresentada à Justiça Eleitoral".
Alexandre Rollo, advogado e professor na pós-graduação de direito eleitoral do Instituto Damásio Educacional, também não enxerga qualquer possibilidade legal para que candidatos deixem de declarar a totalidade de seus bens para a Justiça eleitoral. "A Lei Eleitoral (9.405/97) não prevê a possibilidade de o candidato deixar de fora da declaração parte de seus bens. A declaração de bens serve para que a população tenha um controle de quanto o candidato tinha antes do mandato e quanto passou a ter após o mandato. Se ele deixa o dinheiro em espécie de fora da declaração, como poderá ser feito este controle?", indaga o jurista.
  • Já uma advogada eleitoralista que presta serviços a um partido político, e que por isso pediu para ter sua identidade preservada, afirma poder haver uma interpretação da lei que faça com que seja permitido ao candidato não declarar seus bens em dinheiro. "O artigo 11º da Lei 9.405/97 fala em 'declaração de bens'. Há uma interpretação possível de que dinheiro em espécie não caracteriza bem, no sentido de patrimônio. Por essa interpretação, ele não precisaria declarar dinheiro em conta", afirma a advogada. 
De qualquer forma, ainda que a omissão da parte em dinheiro de seu patrimônio fosse considerada irregular, Raimundo Lira não poderia sofrer mais nenhuma punição em relação ao seu mandato. A ocultação de bens poderia configurar crime eleitoral, o que daria margem para uma ação de impugnação de mandato. A propositura de tal ação, no entanto, só poderia ter se dado em até 15 dias depois da diplomação do parlamentar no Senado.
  • Segundo o advogado Alexandre Rollo, porém, seria possível propor uma ação penal por falsidade ideológica, cuja pena é de um a cinco anos de reclusão. mas o advogado ressalva: "Não quero dizer que a conduta do senador se enquadra no tipo penal previsto. Seria necessário um estudo minucioso do caso para poder afirmar tal coisa. Caso fosse possível, como se trata de um senador da República, apenas o procurador-geral da União teria a competência para propor tal ação", explica o jurista.
Senado federal

O ex-senador Vital do Rêgo Filho: em 2014, deixou seu mandato 
para Raimundo Lira, seu principal doador de campanha

De suplente a presidente da comissão:
  • A indicação de Lira para presidente da comissão de impeachment não gerou polêmica nem descontentamento, nem dentro nem fora do PMDB. Desde que foi indicado, tem dito que não sabe em quem votará e que não levará em conta suas posições políticas enquanto estiver atuando como presidente da comissão.
O presidente da comissão do impeachment é um senador que ficou 20 anos afastado da política e que voltou em 2012, sendo eleito suplente do senador peemedebista Vital do Rêgo Filho.
  • Lira só assumiu a titularidade do mandato quando seu companheiro de chapa foi nomeado ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), em dezembro de 2014. De lá para cá, tornou-se membro titular em quatro comissões do Senado Federal e suplente em outras seis. 
Lira é um empresário de 72 anos que não começou ontem na política. O primeiro partido a que se filiou foi o antigo PDS (Partido Democrático Social), atual PP (Partido Progressista), em 1981. Em 1983, deixou a legenda e ingressou no PMDB, sigla pela qual foi eleito senador constituinte em 1986, para um mandato de oito anos com início em 1987.
  • Trocou de partido no ano seguinte, foi para o PRN (Partido da Reconstrução Nacional). Apoiou o então candidato a presidente Fernando Collor de Mello e fez parte depois da base de sustentação de seu governo até o início de 1992. Nessa época, tiveram inícios denúncias contra o ex-presidente que terminaram por levar à abertura de um processo de impeachment contra Collor e sua posterior renúncia, em dezembro do mesmo ano. Assim, Raimundo Lira deixou de apoiar o então presidente e saiu de seu partido, indo para o PFL (Partido da Frente Liberal, atual Democratas). No Senado, acabou votando a favor do impeachment do ex-aliado.
Ao término de seu mandato, Lira tentou a reeleição, mas não conseguiu. Passou, então, 20 anos afastado da política, dedicando-se às suas empresas, a maioria no ramo de comércio de veículos.
  • Foi só em 2009 que o empresário paraibano decidiu voltar a concorrer a um cargo eletivo. Para tanto, filiou-se novamente ao PMDB. Com a chapa eleita e Rêgo Filho no TCU, Lira assumiu o mandato. Rêgo Filho ocupava, à época, a presidência de duas CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito), ambas instauradas para apurar denúncias de corrupção na Petrobras.
Já neste ano, no TCU, passou a relatar o processo que julgava as contas do governo federal de 2014. O ministro rejeitou as contas do governo, no que foi acompanhado pelo órgão de contas. A rejeição das contas de 2014 foi o que permitiu a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT).
  • Duas semanas antes da votação pela abertura do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, Raimundo Lira informou à imprensa nacional e paraibana que a bancada do PMDB daquele Estado havia fechado posição em favor do impeachment da presidente. Posteriormente, quando foi escolhido pelo PMDB para presidir a comissão de impeachment, passou a dizer que não declararia o seu voto nem se deixaria influenciar por suas próprias convicções: "Enquanto eu estiver presidindo (a comissão de impeachment), não vou escutar o meu íntimo".

Colaborou Leandro Prazeres, 
em Brasília

Raimundo Lira (PMDB-PB) diz que pode escolher 
se declara ou não o dinheiro que tem

sábado, 11 de março de 2017

Dia 19 a Inauguração da Transposição na Paraíba

O Moralista sem Moral do PSDB

A Politica de Cassio Cunha Lima

O passado sombrio de um paladino da moral

O passado sombrio de um paladino da moral

O histórico político do atual líder do PSDB no Senado é um dos mais vexatórios de que se tem notícia. Hoje vociferando discursos em nome da ‘ética’, Cássio Cunha Lima (PB) já foi cassado pelo TSE, quando governador, por abuso do dinheiro público. Com um currículo tão frágil, por que o senador se sente confortável para pedir moralidade sem ser questionado?

Leia mais aqui >> http://bit.ly/2lOJ43b

O Senador Raimundo Lira (PMDB) da Paraíba

O Senador Raimundo Lira (PMDB) da Paraíba

  • Raimundo Lira (Cajazeiras, 16 de dezembro de 1943) é um economista, empresário e político brasileiro que exerce atualmente seu segundo mandato de senador pelo estado da Paraíba.
Biografia:
  • Filho de José Augusto Lira e França Oliveira Lira. Aluno do Colégio Salesiano Padre Rolim em Cajazeiras e da Escola Preparatória de Cadetes do Exército Brasileiro. Em 1968 formou-se em Economia pela Universidade Federal da Paraíba e foi presidente do Clube dos Estudantes Universitários em Campina Grande.
Antes de ingressar na Política, foi Professor de Economia Brasileira na Universidade Regional do Nordeste (atualmente Universidade Estadual da Paraíba - UEPB). É casado com Gitana Maria Figueirêdo Lira, Professora Titular da UFPB, e tem quatro filhos: Rodolfo, Isabela, Eduardo e Rogério. Ocupou vários cargos de Representação Empresarial na Paraíba e no Brasil. Entre eles, Presidente do Clube de Diretores Lojistas de Campina Grande, Vice-Presidente da ABRACAF (Associação Brasileira dos Concessionários FIAT) e Primeiro Vice-Presidente da FENABRAVE (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Carreira política:
  • Sua primeira filiação partidária foi ao PDS onde permaneceu até ingressar no PMDB em 1983 e por sua nova legenda foi eleito senador pela Paraíba em 1986 ao lado de Humberto Lucena.. Permaneceu no partido até as eleições presidenciais de 1989 quando ingressou no PRN em apoio à candidatura vitoriosa de Fernando Collor.
Durante a elaboração da constituinte, na condição de vice-líder do PMDB no Senado Federal chegando à vice-presidência da Subcomissão de Defesa do Estado, da Sociedade e de sua Segurança, membro efetivo da Comissão de Organização Eleitoral, Partidária e Garantia das Instituições e suplente da Subcomissão de Princípios Gerais, Intervenção do Estado, Regime e Propriedade do Subsolo e da Atividade Econômica e da Comissão da Ordem Econômica. Apresentou vinte e duas emendas à Assembleia Nacional Constituinte, das quais onze foram aprovadas.
  • Foi vice-líder do PMDB para área econômica e Nesta condição relatou a nova Lei do Imposto de Renda de Pessoa Física. Também idealizou a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal sendo eleito seu primeiro presidente, além de ser cumulativamente presidente da Renegociação da Dívida Externa Brasileira.
Durante quase três anos, participou de várias Missões Oficiais no Exterior junto aos Organismos Econômicos Internacionais: FED (Banco Central Americano), Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial nos Estados Unidos, Fundo Nakazone no Japão e Clube de Paris na França, Itália e Alemanha. Concluída a renegociação da Dívida Externa Brasileira, o Acordo foi assinado no Canadá com a participação de mais setecentos Bancos Internacionais.
  • Foi eleito, ainda, Presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional. Nesta Função defendeu o fim das emendas individuais ao Orçamento da União. Elas deveriam ser apresentadas coletivamente pelas bancadas estaduais.
Em 1994 disputou a reeleição, sem sucesso. Disputou pelo então PFL numa coligação com quatro outros partidos ao lado de antigos adversários como Wilson Braga e Lúcia Braga. Naquela eleição aconteceu a vitória de Ronaldo Cunha Lima e a reeleição de Humberto Lucena, ambos do PMDB. Após sua derrota, afastou-se da vida pública e foi cuidar dos seus negócios empresariais.
  • Após afastar-se da política por quase vinte anos, emprestou seu nome para compor a chapa do PMDB e foi eleito primeiro suplente do então senador Vital do Rêgo Filho. Após a renúncia do titular para assumir uma vaga no Tribunal de Contas da União, Lira assume uma das representações da Paraíba na Câmara Alta do Parlamento.
Em 20 de abril de 2016, Lira foi indicado para a presidência da Comissão Especial do Impeachment de Dilma Rousseff.

O Senador José Maranhão (PMDB) da Paraíba

O Senador José Maranhão (PMDB) da Paraíba

  • José Targino Maranhão, mais conhecido como Zé Maranhão, (Araruna, 6 de setembro de 1933) é um empresário e político brasileiro, atualmente senador pela Paraíba, filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Foi deputado estadual, deputado federal, vice-governador e governador do estado da Paraíba em três ocasiões. Presidiu a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Biografia:
  • É filho de Benjamim Gomes Maranhão, ex-prefeito de Araruna, e de Dona Benedita Targino Maranhão (Dona YaYá).
Começou a sua carreira política, eleito deputado estadual em 1955 pelo PTB, partido pelo qual volta a ser eleito deputado estadual por mais dois mandatos consecutivos. Em 1967, se filiou ao MDB, pelo qual voltou a ser eleito deputado estadual, ficando no cargo até 1969.
  • Em 1982, elegeu-se deputado federal constituinte, voltando a se eleger ao cargo em 1986, na legislatura 1987 - 1991. Em 1990, voltou a concorrer a uma vaga de deputado federal, sendo eleito para o período 1991 - 1994.
Em 1994, foi eleito vice-governador na chapa de Antônio Mariz, aonde acaba assumindo o mandato em virtude da morte do titular, cerca de dez meses depois de ter assumido o mandato de governador. Em 1998 disputa a candidatura à reeleição ao governo do estado pelo PMDB, onde o grupo liderado pelo então senador Ronaldo Cunha Lima e por seu filho, o então prefeito de Campina Grande, Cássio Cunha Lima, queriam indicar o nome de Ronaldo para a disputa do governo. Com uma vantagem apertada, Maranhão vence Ronaldo na convenção do PMDB e é indicado candidato. Na eleição para governador, é eleito com cerca de 80% dos votos válidos, sendo o governador mais votado do país naquele ano em termos percentuais, reelegendo-se assim governador da Paraíba.
  • Em 2001, rompeu politicamente com a família Cunha Lima, que migrou para o PSDB. No ano seguinte Maranhão renunciou ao governo do estado para candidatar-se ao senado obtendo 831.083 votos, sendo o senador mais votado da Paraíba naquela eleição. No governo do estado entra em seu lugar o então vice-governador Roberto Paulino, que com seu apoio se torna o candidato do PMDB ao governo, mas acaba sendo derrotado por Cássio Cunha Lima que venceu Paulino no segundo turno.
Em 2006, Maranhão disputou novamente o governo da Paraíba, desta vez contra o então governador, Cássio Cunha Lima, que foi eleito em segundo turno à reeleição, com cerca de 51% dos votos. Após a confirmação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da cassação de Cunha Lima em 2008 pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Paraíba por uso indevido de programa social em ano eleitoral, José Maranhão foi reconduzido em 17 de fevereiro de 2009 ao Palácio da Redenção, como governador do Estado, por ser o segundo colocado nas eleições de 2006.
  • Governador da Paraíba pela terceira vez, Maranhão concorre novamente ao cargo de governador do estado nas eleições de 2010, buscando o seu quarto mandato, mas acaba sendo novamente derrotado no segundo turno, dessa vez pelo ex-prefeito da capital Ricardo Coutinho do PSB que obteve 53,70% dos votos válidos contra seus 46,30%.
Nas eleições de 2012, foi o candidato a prefeito de João Pessoa pelo PMDB sendo derrotado nas urnas, obtendo apenas o quarto lugar e ficando de fora do segundo turno com uma votação de 69.978 votos, representando 18,87% dos votos válidos.
  • Em 2014, foi indicado pelo seu partido como candidato a senador da república, cargo pelo qual se elege pela segunda vez com 647.271 votos (37,12% dos votos válidos).
Em março de 2015 assumiu a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), e permaneceu no cargo até dezembro de 2016.

O Senador Cássio Cunha Lima (PSDB) da Paraíba

O Senador Cássio Cunha Lima (PSDB) da Paraíba

  • Cássio Rodrigues da Cunha Lima (Campina Grande, 5 de abril de 1963) é um advogado e político brasileiro, filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Já foi prefeito de Campina Grande por três vezes, deputado federal por dois mandatos e governador da Paraíba por duas vezes. Atualmente é Senador da República.
Biografia:
  • Formado em Direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Iniciou a sua trajetória política como representante dos estudantes secundaristas na luta pela anistia. Foi diretor do Centro Acadêmico de Direito da UFPB e presidente do Centro Acadêmico de Direito Sobral Pinto, da UEPB.
Carreira política:
  • 1986: Iniciou sua vida pública ao eleger-se deputado federal constituinte pelo PMDB, aos 23 anos, sendo, na ocasião, um dos deputados mais jovens do Brasil. Naquele ano obteve 93.236 votos.
  • 1988: É eleito prefeito de Campina Grande pela 1ª vez com 53.720 votos (52,3% do total). Na prefeitura, durante seu governo foram construídos o Ginásio de Esporte "O Meninão", "Museu Vivo da Ciência", reformou a Maternidade, transformando-a em "Instituto de Saúde Elpídio de Almeida" (ISEA), e ampliou significativamente o índice de saneamento básico da cidade.
  • 1992: Concluiu o seu primeiro mandato de prefeito. Em seguida, foi nomeado superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), cargo pelo qual ocupou de 1992 a 1994.
  • 1994: Foi eleito deputado federal pela segunda vez com 157.609 votos (16,4% do total) e chegou a ser vice-líder do partido (PMDB) na Câmara.
  • 1996: É eleito prefeito de Campina Grande pela 2ª vez com 72.185 votos (48,30% dos votos).
  • 2000: É eleito prefeito de Campina Grande pela 3ª vez com 122.718 votos (71,35% dos votos).
  • 2001: Desfilia-se do PMDB e ingressa no PSDB.
  • 2002: Renuncia ao cargo de prefeito de Campina Grande para candidatar-se a governador da Paraíba pelo PSDB, sendo eleito em segundo turno com 889.922 votos (51,35% dos votos) derrotando o então governador e candidato a reeleição Roberto Paulino do PMDB. No primeiro turno obteve 752.297 votos (47,2% dos votos).
  • 2003: Toma posse como governador da Paraíba.
  • 2006: É candidato à reeleição, derrotando no segundo turno, o então senador e ex-governador José Maranhão do PMDB com 1.003.102 votos (51,35% dos votos). No primeiro turno obteve 943.922 votos (49,67% dos votos).
  • 2007: É cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, no dia 30 de julho de 2007 por suposto uso de um programa social em benefício de sua candidatura à reeleição durante o período eleitoral de 2006. Dois dias depois, o Tribunal Superior Eleitoral concede uma liminar que lhe garante no cargo de governador até o julgamento final do processo no TSE. Em 10 de dezembro de 2007, Cássio é novamente cassado pelo TRE por suposto uso eleitoreiro do Jornal estatal "A União" também durante a campanha eleitoral de 2006. Através de uma nova liminar, consegue permanecer no cargo.
  • 2008: Tem a sua cassação pelo "Caso FAC" no TRE, confirmada no TSE em 20 de novembro de 2008. Apesar disso, consegue uma nova medida cautelar, por cinco votos a dois, tendo assim tem o direito de ficar no poder até que saia o resultado final do processo.
  • 2009: Após julgamento de embargos impetrados ainda em 2008, tem seu mandato cassado em definitivo no dia 17 de fevereiro de 2009, assumindo em seu lugar o segundo colocado nas eleições de 2006, o senador José Maranhão.
Senado Federal
  • Elegeu-se senador em 2010 com 1.004.183 votos, porém teve seu registro de candidatura negado pelo TRE e pelo TSE com base na Lei Ficha Limpa, ficando impossibilitado de assumir o cargo de imediato. Apenas depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu, em 23 de março de 2011, não retroagir a Lei Ficha Limpa, fazendo-a valer somente a partir das eleições municipais de 2012, teve direito de assumir uma cadeira no Senado Federal. Apesar disso, só conseguiu ser empossado em 8 de novembro no Senado.
Em 2012, foi indicado pelo PSDB para compor a CPMI do Cachoeira, criada para investigar a atuação do empresário de jogos ilegais Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e suas ligações com agentes públicos e privados no Crime organizado.
  • Em 2014, candidatou-se para mais um mandato de governador da Paraíba pelo PSDB. Durante a campanha, foi considerado como franco favorito para vitória, onde liderou a maioria das pesquisas. Terminou o primeiro turno como o candidato mais votado, no entanto, perdeu a eleição de virada no segundo turno para o seu ex-aliado político e governador candidato a reeleição Ricardo Coutinho do PSB, que foi reeleito com 52,61% dos votos contra seus 47,39%.
Tornou-se líder do PSDB no Senado Federal em 2015 e foi um dos defensores do impeachment de Dilma Rousseff desde então. Após a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff no Senado, em 31 de agosto, Cássio solicitou licença sem vencimentos do mandato por quatro meses para realização de procedimento médico e cuidar de assuntos particulares. Com isso o empresário Deca do Atacadão, primeiro-suplente, assumiu o exercício do mandato.
  • Em 2017, reassumiu seu mandato e logo em seguida foi eleito 1.º vice-presidente do Senado Federal na chapa do presidente eleito Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Justiça Eleitoral:
Cássio Rodrigues da Cunha Lima foi condenado por abuso de poder político e teve seu mandato como governador cassado. Ele foi condenado por, segundo a justiça, ter realizado um programa de assistência social sem lei específica, versão que ele sempre contestou.
Ocorrências na Justiça e Tribunais de Contas:
TRE-PB - Representação nº 215/2006 - Teve o mandato de governador cassado em ação de investigação judicial por conduta vedada a agente público.e pagamento de multa. Recorreu, mas decisão foi mantida no TSE e no STF: TSE - Processo nº 3173419.2007.600.0000 e STF - Agravo de Instrumento nº 760103/2009.
TRE-PB - Representação nº 251/2006 - Foi condenado a pagamento de multa em ação de investigação judicial por abuso de poder político e conduta vedada a agente público. O parlamentar recorre da decisão: TSE - Processo nº 4716474.2008.600.0000
Cronologia sumária

Operação Lava Jato:
Na 23ª fase da Operação, o político é citado em planilhas apreendidas pela Polícia Federal com a sigla "CCL", mostrando que ele provavelmente teria recebido doação da empresa Odebrecht no valor de R$ 500 mil. Em outra parte das planilhas, seu nome é citado num repasse de R$ 250 mil. São quatro doações que juntas formam R$ 4.400,00, por meio do então candidato a deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB), que em 30 de setembro de 2014, recebeu da construtora a doação de R$ 50 mil em espécie.De acordo com dados pegos no Sistema de Prestação de Contas Eleitorais, em 2014, quando concorreu o mandato de governador no estado da Paraíba, ele teve quatro doações oficiais – contabilizadas pela Justiça Eleitoral – oriundas da construtora. Duas foram em 1º de outubro (R$ 700,00 e R$ 1.500,00) e mais duas em 4 de outubro (R$ 700,00 e R$ 1.500,00).

domingo, 5 de março de 2017

Ainda somos os mesmos



O Brasil ainda vivia sob a ditadura militar quando o Partido dos Trabalhadores (PT) foi fundado. Em 10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion (SP), o PT surgiu com a necessidade de promover mudanças na vida de trabalhadores da cidade e do campo, militantes de esquerda, intelectuais e artistas.
Foi em um contexto político, econômico e social marcado por intensas mobilizações que o líder sindical e principal fundador do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, tornou-se um dos protagonistas da história de luta contra as injustiças existentes no País. E a primeira conquista veio com o reconhecimento oficial do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral do PT como um partido político brasileiro, em 11 de fevereiro de 1982.
O PT se tornou, junto com Lula, o maior protagonista da história de luta contra as injustiças existentes no País. Ainda somos os mesmos


Parte do Depoimento de Tarso Genro ao Juiz Sérgio Moro

quinta-feira, 2 de março de 2017

Em detalhes o esquema de corrupção das Empreiteiras

Benedicto Barbosa da Silva Junior,

  • Benedicto Barbosa da Silva Junior, de 55 anos, passou trinta deles na Odebrecht. Entrou como trainee, recém-saído da Escola de Engenharia Civil de Lins, no interior de São Paulo, e tornou-se presidente da Construtora Norberto Odebrecht (CNO) – terceiro nome na hierarquia do grupo, considerado o patrimônio da divisão que comanda. Nesse período, construiu não apenas uma carreira de sucesso, mas também uma relação de proximidade com o herdeiro da gigante, Marcelo Odebrecht. Alvo da Acarajé, 23ª fase da Operação Lava Jato, Barbosa juntou-se ao chefe novamente nesta semana, ao ser preso pela Polícia Federal. Ele foi solto na tarde desta sexta-feira após expirar o prazo de cinco dias da prisão temporária.
Foi justamente a proximidade com Odebrecht que contribuiu para levar BJ, como o executivo é mais conhecido, para trás das grades. Segundo os investigadores, há indícios de que Barbosa era quem fazia a ponte entre a empresa e os políticos, o homem a ser “acionado” quando houvesse necessidade de intermediação de autoridades públicas. “É possível verificar que Benedicto é pessoa acionada por Marcelo para tratar de assuntos referentes ao meio político, inclusive a obtenção de apoio financeiro”, diz inquérito da PF assinado pelo delegado Filipe Hille Pace.
  • Segundo o advogado Nélio Machado, em depoimento na quarta-feira, BJ explicou à PF como a Odebrecht repassou recursos – segundo ele, legais – aos políticos. “Ele explicou como é que se faz. Durante décadas as empresas fizeram doações eleitorais, é um critério plural”, disse o defensor. Em decisão desta sexta, o juiz federal Sergio Moro decidiu liberá-lo, com a ressalva de que ele não pode sair do país nem mudar de endereço. “Apesar apesar de seu posto executivo elevado no Grupo Odebrecht, consta que, aparentemente, os principais executivos da empresa envolvidos com as operações financeiras secretas já se encontram presos cautelarmente”, escreveu Moro.
O principal fundamento do pedido de prisão apresentado pelo Ministério Público Federal é o de que, assim como Marcelo, BJ teria pleno conhecimento do esquema criminoso instaurado na Petrobras. “No curso das investigações relacionadas ao Grupo Odebrecht, foi possível identificar outros executivos que se encontravam proximamente vinculados ao presidente Marcelo Bahia Odebrecht, e sob os quais pairam indícios de que tenham ativamente participado da organização criminosa formada no âmbito daquele conglomerado empresarial para a prática de ilícitos penais. Um deles é Benedicto Barbosa da Silva Junior”, diz o texto.
  • BJ teve uma carreira meteórica na Odebrecht. Em apenas quatro anos, foi de trainee a gerente de contrato. Especializou-se em obras de alta complexidade, como hidrelétricas e metrô – chamavam-no quando era preciso resolver questões “irresolvíveis”. Era conhecido pelos outros funcionários como alguém de “linha de frente”, que preferia visitar os canteiros de obras a ficar trancado no escritório no Rio de Janeiro. No seu vasto portfólio, destacam-se a construção do metrô de Copacabana, no Rio, e a Usina de Três Gargantas, na China, uma das maiores do mundo.
Além disso, foi diretor superintendente da empresa no Sudeste Asiático, trabalhando de Kuala Lumpur, capital da Malásia. Em 2008, tornou-se presidente da CNO, ficando encarregado das – controversas – obras da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Torcedor fanático do Corinthians, cuidou pessoalmente da construção da arena do seu time de coração, em São Paulo. Junto com um consórcio formado com a Andrade Gutierrez, também foi responsável pela reforma do Maracanã.
  • Em um texto publicado pela agência Odebrecht, Júnior é apresentado como mais um do “bando de loucos” – referência a um canto da torcida organizada do Corinthians. Ele, inclusive, aparece em fotos com o ex-presidente do clube Andres Sanchez e o ex-presidente Lula, também corintiano, na época de fechamento do contrato entre a empresa e o clube. Outra matéria conta que o seu escritório é decorado com uma camisa do time preto e branco e miniaturas de trator. Em outro texto, intitulado “Relatos Inspiradores”, ele chega a falar sobre a sua relação com o herdeiro da companhia. “Agora tenho contato com o Marcelo Odebrecht, que complementa minha visão empresarial com seu arrojo”, diz na publicação.
Pelos diálogos interceptados pela PF, o contato de BJ com Marcelo parece ir além de uma mera relação empresarial. Apesar de separados por cerca de 400 quilômetros – Marcelo ficava em São Paulo, e ele, no Rio -, os dois parecem manter um contato constante, principalmente sobre assuntos políticos. Trocam entre si elogios e “xingamentos”, repassam vídeos humorísticos do Youtube, comentam “erros” da presidente Dilma Rousseff no debate eleitoral, falam de parlamentares e até especulam sobre os rumos da Lava Jato – obviamente, antes de Marcelo ser preso na Erga Omnes. “Vi agora. Pela hora que você chegou às 10h30 podia ter subido! Não atrapalha nunca, pelo contrário facilita e ajuda!”, diz uma mensagem de Marcelo a BJ após ele, aparentemente, ter esperado para ser recebido pelo então presidente da holding.
  • Como os parlamentares têm foro privilegiado, a PF precisou esconder com tarja preta os nomes dos parlamentares que surgem aos montes nas mensagens – eles foram ocultados em ao menos dez vezes. O único que aparece sem a rasura é a sigla SCF referente ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho, segundo a PF. “Vc acabou não falando depois. Está preocupado com SCF e outros no tema MF?”, pergunta Marcelo, sobre o envolvimento de outro executivo afastado da companhia Márcio Faria com o ex-governador. Benedito, então, responde: “Ok. Preciso resolver 100 mil (nome de algum político com foro). Vou aproveitar este momento PT/PSDB”. Marcelo diz: “Não entendi. Depois você me fala seguro”. Com a última mensagem, a PF constatou que a dupla mantinha um canal de comunicação restrito para tratar de temas “escusos”.
Na época das eleições presidenciais de 2014, Marcelo envia a BJ um vídeo do Youtube que satiriza a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves. “Muito divertido”, comenta. Na sequência, a dupla cita a página Dilma Bolada seguida pela frase “DR pagou 1 mi”, escrita por BJ. “Exato”, responde o chefe. A PF levantou a suspeita de que os dois falam sobre o pagamento a “pseudohumoristas”, conforme escreveu o delegado, “visando a promoção de ataques a outros candidatos”. O juiz federal Sergio Moro também destacou, em despacho, que a PF identificou duas reuniões entre BJ e o ex-ministro José Dirceu em outubro de 2010 e abril de 2011.
  • Com uma carreira invejável, BJ ganhou, em janeiro de 2014, o prêmio “O Equilibrista” do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF). Segundo nota do instituto, a homenagem é uma espécie de “Oscar do setor”. Nos registros da Câmara Municipal de Lins, também consta que Júnior ganhou o título de “Cidadão Benemérito” da cidade por seus “relevantes serviços prestados ao município”.
A alcunha BJ também aparece com recorrência em uma planilha associada a valores, que foi apreendida em um e-mail secreto do ex-executivo da Odebrecht Fernando Migliaccio, preso na Suíça enquanto tentava retirar dinheiro de contas bancárias. Segundo as investigações, a tabela trata de repasse de dinheiro a partidos políticos, especialmente ao PT. A defesa de BJ disse que ele não “tem condições” de falar sobre a planilha, pois a desconhece totalmente.
  • “Marcelo Bahia Odebrecht é o verdadeiro gestor de tais ‘créditos’. Benedicto Barbosa Júnior, por sua vez, desempenha posição igualmente relevante na administração da conta, basta lembrar que na planilha a sigla ‘BJ’ é a que apresenta as maiores cifras, sendo permitida a conclusão de que a maior parte de recursos espúrios eram originados da área dentro da Odebrecht controlada por Benedicto”, diz o inquérito.
Esta não é a primeira vez que Benedicto Barbosa Júnior é citado na Operação Lava Jato. Em uma troca de mensagens entre o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-presidente da OAS Leo Pinheiro, seu nome é mencionado pelo peemedebista como alguém capaz de ajudar a resolver problemas. “Tive com Júnior e pedi para ele doar por vc ao Henrique (Eduardo Alves). Ele, então, recebe um “OK” de Leo Pinheiro. “Tocando com Júnior aqui, na pressão. Ele vai resolver e se entende com vc”, responde Cunha. BJ também está na lista de presenteados de Pinheiro. O executivo da OAS tinha o hábito de presentear parlamentares, ministros e empreiteiros em datas comemorativas. Para Júnior, ele deu uma biografia do jogador argentino Lionel Messi.
  • Em nota, a Odebrecht classificou a prisão de BJ como “medida extrema e injusta” e ressaltou que ele sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos à Lava Jato. No seu lugar, entrou em caráter interino o engenheiro Carlos Hermanny Filho.
Confira a nota da Odebrecht na íntegra:
A Construtora Norberto Odebrecht esclarece que Benedicto Barbosa da Silva Junior sempre esteve à disposição para colaborar com as investigações em curso, sendo sua detenção uma medida extrema e injusta. Em seu lugar, para desempenhar interinamente as funções de líder empresarial, foi designado o engenheiro Carlos Hermanny Filho. Ambos ingressaram na empresa ainda como estagiários, na década de 80, tendo participado de importantes obras no país e no exterior. A CNO dispõe de sólido sistema interno de compliance, alinhada com os mais rigorosos padrões internacionais. A empresa reafirma sua confiança na Justiça, com a firme disposição de atuar para o esclarecimento de qualquer fato ou dúvida.
Por João Pedroso de Campos
Veja em detalhes aqui http://bit.ly/2mJU3ro

A morte de Celso Daniel não foi política

"É fácil fazer teoria da conspiração, mas a morte de Celso Daniel não foi política”

Marcos Carneiro Lima, que trabalhou na Divisão Anti-Sequestro entre os anos 90 e 2000, trabalhou também na Corregedoria da Polícia e no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), depois como delegado geral em São Paulo, comandando a Polícia Civil. Ele conhece muito bem um personagem central do assassinato de Celso Daniel, prefeito de Santo André, que volta ao noticiário pelas mãos da Lava Jato. Monstro, líder da quadrilha que sequestrou, torturou e matou Daniel, era objeto de estudo de Lima há muito tempo, quando o crime aconteceu. Atualmente dando aulas na Academia de Polícia, o delegado, agora aposentado, diz que se incomoda com as ilações políticas sobre o caso, que coincidem com períodos eleitorais

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